Sobre a Apple vs Taylor Swift, ex-executivo da Pandora dispara: "super teatral"

23 de junho de 2015, 15h07, por Marayná Freitas
DivulgaçãoTom Conrad

Após a carta aberta de Taylor Swift para a Apple Music sobre não disponibilizar seu novo álbum, "1989", no serviço de streaming porque eles não pagariam aos artistas pelas músicas, a empresa decidiu voltar atrás e revelou que iria pagar todos os compositores, produtores e músicos durante os três meses de teste gratuito do serviço.

Mas hoje, Tom Conrad, ex-executivo e co-criador da Pandora (outro serviço de streaming) lançou 'a pulga atrás da orelha' de muita gente. Ele afirma que a carta aberta de Taylor e a reviravolta na estratégia financeira da Apple é uma farsa. Segundo ele, a ação aconteceu porque a empresa queria limpar sua imagem perante os outros artistas.

A declaração foi publicada no Twitter oficial do ex-executivo e no site da revista "TIME": "Primeiro: Spotify, Youtube, Pandora e outros pagam os artistas pelos períodos gratuitos. É a coisa certa a fazer. Segundo: Taylor tirou seu álbum do Spotify não porque ela estava deixando de ser paga, mas porque ela acredita que o serviço 'desvaloriza a música'. Terceiro: ela nunca tirou nada do Youtube, que é o serviço gratuito mais popular e que certamente desvaloriza mais a música do que o Spotify. Quarto: a carreira de Taylor foi construída através da rádio que é o maior serviço gratuito de comunicação e não paga um centavo aos artistas. Quinto: a Apple não está se livrando do seu serviço gratuito, mas vai passar a pagar os artistas. Isso apenas a coloca em pé de igualdade com os outros player. Sexto: lembre-se: a Apple usa a música para ganhar bilhões. Sétimo: A carta aberta e a resposta da Apple é super teatral. Nada ali sugere que a Apple trata os artistas com mais justiça que qualquer outro serviço. Oitavo: meu ponto de vista é: há muita animosidade entre os artistas e o Vale do Silício. Não deveríamos tratar disso como um progresso. É apenas status quo (situação atual)", disparou Tom.

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Vale lembrar que, na ocasião, Taylor afirmou que não ia disponibilizar o seu álbum não por não pagar a ela, especificamente, mas sim porque queria lutar pelo direito dos pequenos artistas.

"Isso não é sobre mim. Felizmente, eu estou em meu quinto álbum e posso não apenas me sustentar, como sustentar a minha banda, minha equipe e meu time completo de empresários com shows ao vivo. Isto é sobre os pequenos artistas ou bandas que acabaram de lançar seus primeiros singles e não serão pagos pelo seu sucesso. Isso é sobre o jovem compositor que conseguiu seu primeiro trabalho e pensou que os royalties iriam pagar suas dívidas. Isto é sobre o produtor que trabalha incansavelmente para inovar e criar, assim como os inovadores e criadores da Apple em seu campo... mas que não serão pagos por um quarto do ano", escreveu a cantora.

 

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