Resultado de perícia aponta que a canção "Traumas" é plágio!

11 de maio de 2023, 13h31, por Amanda Ramalho

Lançada por Roberto Carlos e Erasmo Carlos, no ano de 1971, a música "Traumas", um dos grandes sucessos dos parceiros, foi determinada como plágio de "Aqueel Amor Tão Grande", escrita pela professora Erli Cabral Ribeiro Antunes, meses antes de ser lançada.

O resultado da perícia foi dada pelo perito Peduti Filho, devido ao processo aberto pela docente, que alega ter registrado a música em 3 de fevereiro de 1971 na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o processo, dois dias depois ela levou uma fita com a faixa e a sua partitura para um show de Roberto Carlos na cidade de Paraíba do Sul, no Rio, na esperança de mostrar para ele. Tanto o material quanto uma carta endereçada a Roberto foram deixados com um músico de Roberto.

O material, afirmou, bem como uma carta endereçada ao cantor, foram deixados com um músico da banda de Roberto Carlos. Meses depois, em julho, ela soube que Roberto lançaria um single com coautoria do Tremedão. Ao ouvir, Erli percebeu semelhanças.

Segundo o perito, as canções, de fato, contém "trechos idênticos" mesmo com "pequenas alterações" rítmicas e de tonalidade.

"Comparados os compassos de ambas as canções, a ideia central da música 'Aquele Amor Tão Grande' é tocada como refrão da música 'Traumas'. Não restam dúvidas quanto à reprodução parcial da obra. Verificou-se o plágio", descreveu.

Como o processo ainda não foi julgado, Roberto pode questionar a técnica do perito. Ele já havia dito que a "narrativa ficcional como a feita pela autora do processo é profundamente ofensiva a sua honra" e que "sua carreira se pautou pela extrema correção de procedimentos, inclusive no respeito aos direitos autorais".

No processo, a professora pede uma indenização, em valores a serem calculados considerando os danos morais e patrimoniais.

Ouça a música "Traumas":

... e acompanhe a letra da faixa "Traumas":

"Meu pai um dia me falou
Pra que eu nunca mentisse

Mas ele também se esqueceu
De me dizer a verdade

Da realidade do mundo
Que eu ia saber

Dos traumas que a gente só sente
Depois de crescer

Falou dos anjos que eu conheci
No delírio da febre que ardia

Do meu pequeno corpo que sofria
Sem nada entender

Minha mulher em certa noite
Ao ver meu sono estremecido

Falou que os pesadelos são
Algum problema adormecido

Durante o dia a gente tenta
Com sorrisos disfarçar

Alguma coisa que na alma
Conseguimos sufocar

Meu pai tentou encher de fantasia
E enfeitar as coisas que eu via

Mas aqueles anjos agora já se foram
Depois que eu cresci

Da minha infância agora tão distante
Aqueles anjos no tempo eu perdi

Meu pai sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci

Agora eu sei o que meu pai
Queria me esconder

Às vezes as mentiras
Também ajudam a viver

Talvez um dia pro meu filho
Eu também tenha que mentir

Pra enfeitar os caminhos
Que ele um dia vai seguir

Meu pai tentou encher de fantasia
E enfeitar as coisas que eu via

Mas aqueles anjos agora já se foram
Depois que eu cresci

Da minha infância agora tão distante
Aqueles anjos no tempo eu perdi

Meu pai sentia
Sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci

Meu pai tentou
Tentou encher de fantasia"

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