Jornalista afirma que Obama mentiu sobre operação que matou Osama Bin Laden

12 de maio de 2015, 13h55, por Marayná Freitas
Divulgação

O jornalista Seymour Hersh afirmou na revista "London Review of Books" que os Estados Unidos mentiram sobre a ação que matou Osama Bin Laden, em 2011, no Paquistão. Segundo ele, uma fonte anônima, que seria um aposentado oficial da inteligência contou que, diferentemente do que foi divulgado pela Casa Branca, Osama Bin Laden era um prisioneiro "inválido" desde 2006. As forças paquistanesas teria mantido o terrorista como refém a fim de forçar a interrupção dos extremistas no Paquistão e no Afeganistão.

Ainda segundo ele, os agentes paquistaneses contaram para os americanos onde Bin Laden estava escondido, e em troca teriam recebido US$ 25 milhões para esconder a história. Além de uma garantia de "boas relações" com o país, eles ainda teriam colaborado na missão e ficaram a cargo de cortar a energia do local onde o terrorista estava.

DivulgaçãoOsama Bin Laden foi morto em 2011

Na época de sua morte, o anúncio oficial da Casa Branca foi de que o terrorista foi descoberto pela inteligência norte-americana e morreu em uma missão secreta. Essa versão ainda afirmou que ele foi morto após uma intensa troca de tiros, mas que se tivesse se rendido, Bin Laden seria levado vivo.

Hersh também nega essas informações. Segundo a sua fonte anônima, o assassinato de Bin Laden foi "absolutamente premeditado". Além disso, os agentes americanos teriam recebido autorização para matá-lo. O fato é que o terrorista não ocupava mais um cargo de liderança na Al-Qaeda.

"A verdade é que Bin Laden era um inválido. A Casa Branca teve de dar a impressão de que Bin Laden ainda era importante operacionalmente. Senão, por que motivo matá-lo?".

Vale ressaltar que apesar de ser um jornalista renomado – ganhou o Prêmio Pulitzer em 1970 – Hersh é duramente criticado justamente pelas suas fontes "anônimas".

Após a repercussão mundial acerca do assunto, a Casa Branca se pronunciou e disse que essas informações são falsas e "não têm fundamento". "Há muitas incorreções e afirmações sem fundamento nessa história para esclarecer cada uma. Como dissemos na época, o conhecimento dessa operação foi restrito a um pequeno grupo de oficiais veteranos dos Estados Unidos. O presidente logo decidiu não informar nenhum outro governo, incluindo o do Paquistão, que não foi avisado até depois da operação. Éramos e continuamos a ser parceiros do Paquistão no nosso esforço conjunto para destruir a Al-Qaeda, mas aquela foi uma operação americana do começo ao fim" informou Ned Price, porta-voz da Casa Branca.

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