Eduardo Costa é acusado de racismo no Instagram; entenda

08 de junho de 2017, 11h02, por Alexandre Murari
Divulgação

O cantor Eduardo Costa se viu em uma confusão nesta última terça-feira, 06, após homenagear, em seu Instagram, um amigo negro que fazia aniversário. O amigo em questão também é um trabalhador de sua fazenda. No post, o sertanejo legendou "negão, crioulo, mussun, preto veio, tiziu [...] Te amoooooo meu negão".

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Por não citar sequer o nome do amigo no post, alguns seguidores o acusaram de racismo, já que foi usado alguns termos estereotipados na legenda. Em seguida, portanto, para explicar que não há racismo em seu post, Eduardo Costa crava:

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"Sabe por que eu chamo ele assim??? Por que Ele me chama de nanico, alpinista de cupim, pintor de rodapé e outras cositas". O cantor também alfineta os que o acusaram de preconceito: "Racismo pra mim não tá na boca de quem fala, tá no ouvido de quem entende. Te amoooooo meu negão".

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Contudo, dando a entender que o preconceito ao povo negro é diferente do preconceito às pessoas baixinhas, um seguidor rebate o cantor: "Interessante que os apelidos que ele coloca no outro vai referente a cor da pele; já o outro vai referente a estrutura.... Bem típico da galerinha 'somos todos iguais', eles são os primeiros a verem a diferença na cor da pele...!".

Já por outro lado, uma fã de Eduardo Costa opinou: "Eu era chamada de branca azeda, macarrão da Santa casa, loira burra" e quer saber, me lembro com saudades dessa época e dou muitas risadas".

Vale destacar que a luta contra este preconceito, principalmente pelos movimentos negros e por pessoas do meio acadêmico, aponta que o racismo é algo estrutural em nossa sociedade brasileira. Ou seja, o sistema em que vivemos cria um ambiente que desfavorece as pessoas negras e, consequentemente, privilegia as brancas.

O filósofo do direito e escritor Silvio Luiz Almeida, em entrevista ao canal do Youtube TV Boitempo, explica alguns detalhes da construção racial no Brasil. Confira no vídeo abaixo: