Ninguém conhece ninguém
Pois dentro de alguém, ninguém mora
Há quem acorda sorrindo
E na mesma manhã, também chora
Ninguém conhece ninguém
Pois dentro de alguém, ninguém mora
Há quem acorda sorrindo
E na mesma manhã, também chora
Não há alguém tão ruim
Que não tenha uma boa qualidade
Ninguém atravessa idade
Somente em passo certo
Não há deserto sem água
E nem coração sempre aberto
A mariposa noturna
De angelical semblante
E corpo deselegante,
Que é tão perfeito na dança
Braço que enlace o amado
É o mesmo que embala a criança
Ninguém conhece ninguém
Pois dentro de alguém, ninguém mora
Há quem acorda sorrindo
E na mesma manhã, também chora
Ninguém conhece ninguém
Pois dentro de alguém, ninguém mora
Há quem acorda sorrindo
E na mesma manhã, também chora
Nunca se pode afirmar
Se alguém é assim ou assado
Quem hoje está em um canto,
Amanhã pode estar do outro lado
E quem nunca foi de samba,
Ainda vai ser do samba rasgado
E quem nunca foi de samba,
Ainda vai ser do samba rasgado...