Tem sangue novo na praça
Caipira se sente honrado
A viola e o violeiro
Vão muito bem obrigado
Na beirada do telhado é morada do cuitelo
Sanhaço tem pena verde, mora no pé de marmelo
No galho da laranjeira sabiá peito amarelo
No braço dessa viola, mineiro de monte belo
Quando eu entro no catira os meu pés são dois martelos
Tem gosto e tem desgosto por esse mundo afora
Com gosto o meu povo canta, com desgosto o povo chora
O gosto do cantador, é ter platéia lotada.
Desgosto do cantador é viola desafinada
Minha viola pagodeira, minha fonte de poesia.
Rainha das madrugadas em noites de cantoria
Ela sempre me acompanha, chega gemer nos meus braços.
A viola que eu ponteio tem as dez cordas de aço.
