Há muitos anos passados o meu pai abriu picada
No sertão do Mato-Grosso, onde construiu morada
Começou abrir lavouras, entre matas e cerrados
Meu pai lidava sozinho, tinha apenas por vizinhos
Onças e tigres pintados...
Depois de construir casa, meu pai voltou lá pro sul
Buscar uma gaúcha, loiraça de olho azul
Minha santa mãe sagrada que me criou com cuidado
Me ensinou a ter respeito, amar e trazer no peito
O Mato-Grossso adorado...
A exemplo do meu pai, chegaram muitos sulistas
Que aqui no Mato-Grosso, também fizeram conquista
E trouxeram na bagagem o lema e a tradição
Igualdade e liberdade, amenizaram saudade
Da seiva do chimarrão...
A consquista do Oeste, é preciso enaltecer
Por meus pais e meus avós, esse chão meu bem querer
Levanto as duas mãos ao céu para agradecer
Na direita o chimarrão, na esquerda um tererê...
Na bagagem dos gaúchos, vieram relíquias caseiras
Tempe, cambona, tabuco, chaire de facas carneadeiras
Velhas vitrolas a cordas, alguns discos regionais
Escutavam a noitinha Teixeira e Teixeirinha
Saudade era demais...
Hoje o nosso Mato-Grosso, faz sucesso no exterior
Bateu o mundo inteiro, no mercado exportador
Sua pecuária e lavoura, tem fama no mundo inteiro
Mas o povo não esquece e eternamente agradece
Os gaúchos pioneiros...
Mato-Grosso por outrora, por vezes foi irrigado
Pelo suor, pleo planto que aqui foi derramado
A história foi escrita, que ninguém me leve a mal
É um orgulho brasileiro, turistas do mundo inteiro
Vem passear no Pantanal...
A consquista do Oeste, é preciso enaltecer
Por meus pais e meus avós, esse chão meu bem querer
Levanto as duas mãos ao céu para agradecer
Na direita o chimarrão, na esquerda um tererê
Na direita tem vanerão e na esquerda chamamé...